Durante toda nossa existência seguimos numa estrada onde somos levados a buscar alcançar sempre alguma coisa, mesmo que não saibamos o que é, mas prosseguimos com um desejo incontrolável de alcançarmos algo, alguma coisa ou alguém, e quando alcançamos o desejado somos impulsionados a alcançarmos uma outra coisa qualquer e prosseguimos nessa caminhada com desejos insaciáveis que geram em nós ansiedade e que nos impõem um caminhar apressado, e seguimos assim numa correria desenfreada sem tempo para o que é essencial e importante de fato, prosseguimos correndo sempre em busca de algo, por conta de um consumismo que nos foi impostos por meios manipuladores ao qual nos deixamos manipular, afinal precisamos possuir, precisamos ter, pois isso é o mais importante, o que somos não tem tanta importância, afinal esta é a era do ser importante pelo que se tem e prosseguimos assim.....correndo e tentando conquistar alguma coisa que nos faça sentir importantes. Não sabemos ao certo porque corremos tanto, não conhecemos bem o caminho, não sabemos bem ao certo onde vamos chegar, mas sabemos que precisamos correr, precisamos ser breves e rápidos. Talvez estejamos correndo de nós mesmos, afinal fazemos parte de uma geração com perdas do referencial, com perdas de valores, onde o que era sagrado passou a ser profano, o que era um ser para ser amado e gerar vidas, passou a ser um objeto sexual, descartável. Passamos a valorizar o que é efêmero e a desconsiderar o que é essencial.
Na grande Babel em que vivemos dão-se valor a coisas que nos tornam insignificantes,ama-se coisas e usa-se pessoas. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus com potencialidades e limitações e que por conta de toda essa má gerência dos valores e conseqüentemente das perdas temos a tendência de focarmos nas limitações e as potencialidades tem sido postas em cheque e as honras acabam sempre direcionadas ao outro nos deixando assim à margem de nós mesmos e conseqüentemente com uma visão distorcida do nosso real valor, da nossa real capacidade, que vem de Deus. Queremos ser grandes mas esquecemos que ser humilde é uma demonstração de ser de fato grande. Queremos o luxo, mas muita das vezes não conseguimos lidar com as coisas simples da vida. Supervalorizamos o conhecimento, que é importante, mas esquecemos que o mais sublime e edificante é alcançarmos a sabedoria.Vivemos muita das vezes na condição de escravos de um sistema ou até mesmo de nós mesmos, negligenciando a liberdade que foi conquistada por Jesus Cristo na Cruz do calvário...Ele veio para libertar os cativos. Esse é o resultado da tão divulgada evolução do homem, talvez o que esteja faltando é o andar a pé de novo, deixando as máquinas em casa, descansando para que possamos com isso interagir mais com o outro de forma plena e nos humanizar sem necessariamente ficarmos sempre na defensiva uns dos outros, ou seja, reféns uns dos outros, que nos desarmemos. Para que possamos reaprender a ter os pés no chão, como também reaprender a diminuir o passo, sem com isso deixar de caminhar, deixar de alcançar objetivos, não isso não, porém devemos reaprender a buscar os objetivos que são nossos, fruto de um desejo particular de cada um sem necessariamente alcançá-los para mostrar ao outro o quanto somos importantes, até porque o valor de cada um está impresso como tatuagem em todo ser, basta termos consciência disso porque aí sim isso será uma realidade em nós. Para que possamos reavaliar o nosso olhar diante da vida, diante daquilo que realmente é digno de valor e que possamos com isso observarmos melhor o que está à nossa volta e que nesse passo calmo e constante, possamos reaprender a contemplar a beleza das pequenas coisas e com isso resgatar a nossa verdadeira identidade, a nossa verdadeira essência, como também o nosso valor e resgatarmos também o nosso direito de sermos seres em verdadeira evolução, que diga-se de passagem o nome nos remete a evolução como sendo algo em direção ao alto (para cima) e não para baixo.
♥♥♥Ângela Moreira♥♥♥.
13/08/2010.
♥♥♥Ângela Moreira♥♥♥.
13/08/2010.
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