Em dias de grandes transformações, segundo os “entendidos”: - “dias de grandes descobertas e avanços tecnológicos”, vez ou outra me deparo com pais ansiosos, e aflitos por não saberem o que fazer diante da responsabilidade que lhes foi confiada que é: educar seus filhos, ou seja, prepará-los para a vida. Sabemos que nos dias atuais há uma grande perda de valores, ou substituição dos valores antigos pelos novos, no que tange a formação da família. Aquilo que era aplicado no seio familiar ontem, hoje parece não se adequar, ser ultrapassado. Até as Leis estão sendo aprovadas e de uma certa forma desautorizam os pais, então o que fazer? Como “dar conta” dessa tão nobre missão? A de educar filhos? Como fazer deles pessoas do bem? Pessoas que vão contribuir para um “mundo melhor”? Percebo que toda essa questão não é nada nova. Se observarmos na Bíblia as dificuldades e problemáticas familiares sempre existiram, exemplo disso são: Caim e Abel, Esaú e Jacó, José e seus irmãos, e outros, portanto nada é novo! O que é novo são os modismos, os jargões que internalizamos e que foram nos colocando refém de nós mesmos. Como por exemplo: -“Isso ou aquilo traumatizam”. Vamos prosseguindo acuados, assustados, apavorados, com medo de criarmos filhos traumatizados, e com isso não traumatizamos mas formamos seres que não sabem lidar com sua própria liberdade. Liberdade de respeitar pais, pessoas que exercem autoridades sobre eles, e até mesmo perdem a liberdade de respeitarem-se. Vamos prosseguindo nessa sociedade moderna, com valores modernos, e que a cada dia nos perdemos de nós mesmos, e nem sabemos onde vamos chegar. O que fazer? Em primeiro lugar vejo que precisamos nos desarmar. Parar de acreditarmos que temos que “dar conta” de alguma coisa, e buscarmos o desejo sincero de querermos SER. Ser nós mesmos, reconhecendo que somos totalmente dependentes de Deus, ao invés de acreditarmos, e nos enganar que somos o “bam bam bam da história”. Pararmos de ansiar por um “mundo melhor”. O mundo é maravilhoso, nós é que precisamos melhorar. Precisamos nos reencontrar, para que possamos tentar ajudar nossos filhos. Não adianta sermos pais perdidos, e queremos que nossos filhos se encontrem. Precisamos saber o que na verdade queremos pra nós mesmos, e depois tentarmos faze-los encontrar seu próprio caminho. Como podemos querer filhos próximos se nos mantemos distantes deles? Enfim, nessa sociedade corrida, agitada, acelerada onde corremos tanto e nem sabemos pra que, e nem onde vamos chegar, buscar a quietude, o silêncio, a calma é salutar. Pra que sentar à mesa, se o tempo é curto? E com isso a cada dia nos mantemos pais e filhos estranhos entre si. Porque não resgatamos dentro de nossas casas algo que ficou perdido no caminho? Porque ceder, e abrir mão de algumas coisas tornou-se tão complicado? Que nosso ego possa deixar de aflorar, e render-nos ao abrir mão por uma causa justa. Que possamos reencontrar o caminho de volta, de volta à casa, à família, à nós mesmos, pois aí sim teremos como nos fortalecer, e sermos bases sólidas para nossos filhos, e com isso podermos retomar a caminhada, buscando aquilo que nós queremos alcançar, conquistar de verdade, e dar à eles estrutura para serem seres melhores a cada dia. Precisamos saber que para que algo aconteça fora, é necessário que antes aconteça dentro, e dentro de casa também. Que Deus nos abençoe! Ângela Moreira.
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