Esse é o nome que define o momento que eu estou vivendo. Momento delicado, de grande esgotamento físico e mental, onde um pingo de situação extra me deixa extremamente contrariada, irritada tamanho o excesso de carga psicológica que eu tenho vivido com meus pais idosos e doentes.
Quando paro para refletir sobre minha vida percebo que eu tenho tudo para viver bem, tranquila aproveitando a vida da melhor maneira possível. Me considero nova, porém com uma bagagem boa de vida. Me estabeleci profissionalmente, me formei, me casei, construi minha casa, criei e casei meu filho, me aposentei, enfim, hoje estou livre para viver uma vida tranquila, estudando, viajando, conhecendo pessoas, interagindo e aprendendo mais. Só que nem sempre tudo é como gostaríamos. Um acidente de percurso me pega de jeito e a suposta vida livre pede licença e me envolve, me insere na vida do outro, totalmente diferente da minha, onde tenho que administrar a realidade do outro, deixando a minha à espera de um resgate. Isso tudo gera dentro de mim uma fragilidade grande, pois calçar os sapatos dos outros as vezes aperta, dá calo, desconforto e até insatisfação. Vou prosseguindo a caminhada tentando viver da melhor maneira possível, tentando me equilibrar nesse FIO DA NAVALHA chamado vida do outro. Ângela Moreira.
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